4 de abr. de 2011

Processo eletrônico e a falta de investimentos.

A vida nos presenteia com algumas coincidências.

Estava a minutos tentando acessar o "Projud" sistema de processo eletrônico utilizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, e após algumas tentativas sem sucesso resolvi desistir e deixar pra tentar mais tarde. Isso está se tornando rotina, numa clara falta de capacidade dos servidores do TJPR para atender a demanda que vem aumentando cada dia, com a implementação de mais Varas e aumento do número de processos.

Existe uma tragédia anunciada para breve caso não ocorram investimentos pesados em tecnologia no Tribunal paranaense. Ocorre que os gestores não se preocupam com planejamento, apenas precisam de números para apresentar estatísticas. Mais vale informar que já tem Projud instalado em todas as Comarcas do Estado do que se preocupar com o pleno funcionamento.

Em outras palavras, o importante é a quantidade e não a qualidade. Isso é "a cara" do administrador público. Apresentar números e não serviço. Infelizmente.

Como dito, acabei desistindo de acessar o Projud agora, e veja só a notícia que acabei lendo ao abrir meus e-mails. OAB-PR: Carta de Ponta Grossa pede cautela na implantação do processo eletrônico.

Tudo está interligado, não há como escapar dos problemas. Mas quem se prejudica com isso é o Jurisdicionado, ou seja, o cidadão. O advogado acaba atrasando o seu trabalho, deixando para fazer depois o que poderia fazer agora, e perdendo tempo com o que não precisava.

Por um tempo acreditei que o processo eletrônico fosse a salvação do Judiciário, começo a temer que seja a "pá de cal" (obviamente não pelo processo eletrônico, mas sim pela incapacidade dos administradores).

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