7 de nov. de 2008

Concorrência (des)leal?

Imaginemos dois tipos de comerciante:

O primeiro rigoroso, vende produtos de qualidade e com boa procedência, honesto, paga todos seus impostos em dia, faz questão de pagar todos os direitos dos funcionários, recolhe taxas e cumpre com todas as suas obrigações. Seus lucros são diminutos, leva vida modesta e sem grandes luxos. É o que a condição econômica lhe permite.

O Segundo comerciante sonega impostos, desrespeita os direitos dos empregados e credores, vende produtos de origem duvidosa e obtida com baixo custo. Tem um alto padrão de vida decorrente dos "lucros" gigantescos obtidos parcialmente pelos ilicitos narrados.

Agora imaginemos que os dois são comerciantes da mesma área, do ramo do vestuário por exemplo, poderemos dizer que existe uma concorrência leal entre ambos?

Creio que o Estado deveria estar mais atento para esse tipo de situação, atuando fortemente na fiscalização de forma a privilegiar o bom cidadão, ao contrário do que se faz atualmente.

Hoje em dia, a pessoa que prima pelos valores morais é alvo de "chacota". Mais ainda, no ambito comercial prevalece a idéia de que os bons rendimentos são decorrentes da "esperteza", custe o que custar. O bom comerciante é aquele que sonega muito e tem altos lucros. O que age corretamente está fadado ao insucesso.

A sociedade está repleta de inversão de valores como esta.

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