30 de out. de 2008

MEC e suas políticas educacionais

Manchete do UOL: “MEC propõe 14 anos de ensino obrigatório”.
Segundo a matéria, o Ministério da Educação (MEC) encaminhou à Presidencia da República proposta de mudança na educação brasileira, ao invés dos 9 anos de obrigatoriedade de estudo atuais, passaria a ser compulsório o mínimo de 14 anos.

Recentemente a Revista Veja trouxe matéria eivada de vícios e ideologias liberais, em contradição com a crítica que havia feito do ideologismo esquerdisda. Contudo, teve grande relevância o trabalho para a educação brasileira, demonstrar que superamos o problema da quantidade de alunos, porém, devemos melhorar a qualidade do ensino.

Sabido é que temos quase a totalidade das crianças na escola e que essa batalha foi vencida, porém, mais notório ainda é o conhecimento da baixíssima qualidade de ensino, e esse é o desafio a ser superado agora.

O MEC parece dar sinais que não está atento para essa nova necessidade do ensino no Brasil. Tenta agora manter o aluno na escola por mais tempo, o que não se nega, é louvável, contudo, deveria se pensar em manter o aluno numa escola de qualidade.
Posso estar enganado mas o desafio é entender o por que da baixa qualidade de nossa educação e investir no saneamento dos problemas apontados.

Um comentário:

  1. Como professor do Ensino Básico vejo da seguinte forma o problema quantidade X qualidade.

    Primeiramente é de conhecimento de todos que, o que ocasionou o aumento exponencial de alunos matriculados nas escolas brasileiras foi à adoção do programa de distribuição de bolsas escolas.

    Acredito que esses alunos assistidos pelo programa de distribuição de bolsa escola, deveriam ser exigidos dele, assim como dos pais também, certo rendimento escolar, ou seja, o Estado deveria exigir uma contrapartida, pois o que se nota hoje nas salas de aula, é um número maior de alunos sim, mas também, somente alunos interessados no bolsa escola, sem nenhum compromisso com sua produtividade escolar.

    Obviamente que esta não seria a solução para se melhorar a qualidade de ensino nas escolas públicas.

    O que se percebe hoje é um literal abandono das escolas, por parte do Estado, dos pais e de toda a comunidade.

    Que a escola é o ambiente para a solução de diversas questões sociais isso é fato, mas somente atribular a escola vira clichê.

    Quem irá ajudar as escolas? É somente o Estado? É nítido a afastamento que os pais, assim como a comunidade têm para com a escola.

    Será somente quando ocorrer à junção dessas forças, cada um assumindo sua responsabilidade que a qualidade de ensino no Brasil irá aumentar.

    Criar medidas paliativas, como o aumento de tempo do aluno nos bancos escolares com certeza não será a solução, pois a “baixa” qualidade não se deve aos “somente 9 anos escolares existente hoje.

    O que falta mesmo é compromisso da sociedade, dos pais para ajudar a escola a elevar o seu nível de ensino.

    Pois o VERDADEIRO PROFESSOR, faz a sua parte, mas sozinho ele não dá conta.

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